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O Tabuleiro Político na Europa: eleições marcaram o ano de 2017 no continente

  • Cinthia Cicilio
  • Dec 21, 2017
  • 3 min read

O ano de 2017 foi marcado por vários acontecimentos de relevância internacional no Brasil e no mundo. Os voluntárixs do Internacionalidades compartilham os principais acontecimentos em diferentes regiões do mundo. Hoje vamos falar sobre a Europa.

Design de Carolina Mendes

Holanda, março 2017

Em março de 2017, ocorreu a primeira eleição europeia que definiria o rumo da extrema direita no continente. O premiê conservador da Holanda, Mark Rutte, venceu as eleições parlamentares e derrotou o candidato de extrema direita, Geert Wilders, que era o favorito nas pesquisas pré-eleições, mostrando uma tendência que estava por vir nos demais países da região: um basta ao populismo xenofóbico e antieuropeu.

Turquia, abril 2017

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, venceu em abril um plebiscito que lhe proporcionará maior concentração de poderes, refletindo a vontade das cidades interioranas, já que nas grandes cidades o voto pela não alteração na Constituição prevaleceu. A vitória de Erdogan perdura a já complicada relação de seu governo com a União Europeia (UE) e também manifesta-se como a consolidação do autoritarismo na Turquia, já que o presidente está no poder desde 2003 e pode reeleger-se mais duas vezes.

França, abril 2017

Na França, as disputas presidenciais ficaram entre a candidata Marine Le Pen, ultradireitista que estava alinhada ao presidente norte-americano Donald Trump, e o candidato centrista, Emmanuel Macron, que lidera um novo movimento, o Em Marcha!. A sacada para a vitória de Macron foi entender que o ano de 2017 foi regado por descontentamentos contra o status quo, emancipando-se da política tradicional ao ser um candidato jovem e com uma proposta de renovação moderada, europeísta e liberal, defensora da globalização e da abertura das fronteiras às pessoas e às mercadorias.

Reino Unido, junho 2017

Theresa May, atual primeira ministra britânica, convocou em junho de 2017 a antecipação das eleições parlamentares que estavam programadas para ocorrer somente em 2020. O objetivo do pleito era ampliar sua base parlamentar e legitimar um Brexit “duro”, mas o resultado das urnas gerou uma perda de 12 assentos e de sua a maioria no Parlamento. Nas semanas anteriores às eleições, o Reino Unido sofreu três ataques terroristas, e o voto dos britânicos revelou sua insatisfação para com a política de austeridade de May aos serviços de inteligência e à polícia, que poderiam ter previsto os ataques caso tivessem mais apoio do governo.

Alemanha, setembro 2017

Pela primeira vez em mais de 50 anos a direita nacionalista ganha assentos nos Parlamento alemão. Todavia, assim como nos outros países europeus que tiveram eleições nesse ano, a maioria na Alemanha não permitiu que um partido extremista chegasse ao poder. Angela Merkel garantiu seu quarto mandato, todavia, a vitória para os democratas cristãos foi sem margem de conforto, e deve render dificuldades para Merkel formar uma nova coalizão governista. Na Alemanha, o voto não é obrigatório, mas mesmo assim, 76,2% dos alemães compareceram às urnas, maior representação do que nas eleições de 2013.

O Internacionalidades tem como objetivo disseminar informações, na língua portuguesa, sobre relações internacionais, diplomacia, cultura, empreendedorismo social, sustentabilidade entre outros temas globais.

Os textos do blog são escritos por voluntários comprometidos com essa missão. Se você também quer apoiar o nosso trabalho, não deixe de divulgar nosso conteúdo em sua rede de contatos! Caso tenha alguma proposta de apoio específica, por favor entre em contato conosco: oie@internacionalidades.com Muito Obrigada!

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