"America first"? Uma retrospectiva do primeiro ano de Trump
- Aline Batista
- Dec 22, 2017
- 3 min read
O ano de 2017 foi marcado por vários acontecimentos de relevância internacional no Brasil e no mundo. Os voluntárixs do Internacionalidades compartilham os principais acontecimentos em diferentes regiões do mundo. Hoje vamos falar sobre os Estados Unidos.
Para os Estados Unidos, o ano de 2017 iniciou acompanhado de um novo governo. Caracterizado por um discurso direto, em diversos momentos autoritário e impopular, que ditou uma campanha de promessas em um mandato iniciado pela mensagem de superintendência: "Juntos, vamos determinar o curso da América e do mundo por muitos, muitos anos que virão." disse Donald Trump, em sua posse presidencial no dia 20 de janeiro.
Seu governo segue com previsão de término em 2021 e mesmo com as palavras de movimentar o meio internacional através do direcionamento norte americano a sua predição ainda não se concluiu. No entanto, em 12 meses de presidência, o mundo se atentou às suas decisões e controvérsias, e representado pela figura de um presidente imprevisível, os Estados Unidos têm em 2017 uma retrospectiva polêmica de altos e baixos, alvo de críticas pela opinião pública internacional.
Ao longo do primeiro mandato de Donald Trump, a política interna dos Estados Unidos manteve-se invasiva. Os impostos aumentaram para a indústria automobilística, como ameaça caso continuassem com a montagem de automóveis no exterior. E quando os assuntos governamentais pautaram a imigração, o decreto para diminuir um fundo para jovens imigrantes, esses denominados “Sonhadores”, atingiu cerca de 800.000 pessoas auxiliadas.
Para medidas restritivas em pautas de imigração, como a construção de um muro na fronteira com o México, e promessas de campanha que objetivavam encerrar o serviço de saúde implantado pela gestão de Barack Obama, o presidente Donald Trump não obteve o apoio do Congresso norte-americano, e os assuntos tornaram-se problemáticas do seu governo. No entanto, os Estados Unidos encarou outros problemas que desestruturaram não só a opinião pública como o seu próprio território, com os desastres naturais que destruíram cidades no estado do Texas, Flórida e Porto Rico.
As relações exteriores dos Estados Unidos tornaram-se controversas. Em seus primeiros atos em 2017 o Estado se retirou do Tratado do Pacífico, alegando a ausência de vantagens comerciais, assim como anunciou sua saída da UNESCO e do Acordo do Paris, que até o ano de 2020 previa um compromisso coletivo entre os Estados signatários para conter o aquecimento global.
Sua correspondência com a Rússia fez-se alvo de preocupação internacional, não apenas pelas posições diplomáticas contrárias sustentadas em ambas as nações, mas pela suspeita de uma possível interferência do presidente russo Vladimir Putin, na campanha eleitoral do atual presidente norte-americano. Quanto a Cuba, uma proximidade realizada no governo de Barack Obama foi desfeita, com a ordem que objetivava retirar a maior parte dos diplomatas estadunidenses que serviam no país que representou a revisão da política de aproximação do um antigo governo.
Ainda sobre os conflitos e controvérsias, os Estados Unidos enfrentaram embates diplomáticos e armamentícios com a Coréia do Norte. Os confrontos iniciaram-se com a realização de testes bélicos comandados do norte-coreano Kim Jong-un, experimentos que poderiam atingir territórios americanos no Pacífico. A Comunidade Internacional presenciou além da troca de insultos pela imprensa dos Estados Unidos, a mobilização da nação, para aplicar sanções aos seus intimidadores.
Em 2017, os Estados Unidos também bombardearam a Síria com mísseis, como resposta ao uso de armas químicas contra civis. O caso ocorreu em 6 de abril e, com toda a repercussão, do mesmo modo uma semana depois em 13 de abril, Donald Trump ordenou o lançamento de bombas no Afeganistão, com a justificativa de que atingiria um esconderijo do Estado Islâmico, uma constante ameaça terrorista à nação norte-americana.
Eventualmente, até o momento o seu último ato controverso ocorreu em 6 de dezembro. Com o cumprimento de uma promessa de campanha, Donald Trump reconheceu Jerusalém como a capital israelense, decisão que desencadeou protestos na Comunidade Internacional. Em suma, a retrospectiva dos seus atos promove questionamentos quanto a imprevisibilidade e a agressividade do novo governo, o que torna os Estados Unidos, mais uma vez, o centro das preocupações quanto às relações exteriores.
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